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Zeta Filmes e FJ Cines são responsáveis pela cópia restaurada do clássico de Federico Fellini que chega às telonas. |
Filmes que marcaram a história do cinema e que são fundamentais para todos os cinéfilos estão no Clássica. Os sete primeiros filmes do catálogo serão lançados um a um, mensalmente, em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Salvador, Porto Alegre, João Pessoa e Santos.
Em agosto, o lançamento será "A Doce Vida", do diretor Federico Fellini, em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Florianópolis, Curitiba, João Pessoa, Salvador e Santos. (Circuito Itaú Cinemas e Cine Espaço)
Confira a programação:
Um filme de FEDERICO FELLINI
1960, Itália, p&b, 174 min, DCP
Elenco: Marcello Mastroianni, Anita Ekberg, Anouk Aimée, Yvonne Furneaux, Alain Cuny, Annibale Ninchi, Magali Noël
Roteiro: Federico Fellini, Ennio Flaiano, Tullio Pinelli
Direção: Federico Fellini
Título original: La Dolce Vita
Sinopse: Federico Fellini nos guia em um passeio pelas dores, delícias e pela frivolidade da burguesia romana dos anos 1960. No centro desse passeio, está Marcello Rubini, jornalista e colunista social, e suas aventuras profissionais e amorosas. Neste mundo marcado pelas aparências e por um vazio existencial, ele freqüenta festas, conhece os tipos mais extravagantes e descobre um novo sentido para a vida.
Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes 1960 e do Oscar de Melhor Figurino em 1962. Primeira colaboração de Federico Fellini e Marcello Mastroianni, seu alter-ego cinematográfico. Essa parceria é retomada em "8 1/2", de 1963. “A Doce Vida” é extremamente influente e referenciado em diversos filmes posteriores, como o recente ”A Grande Beleza”, de Paolo Sorrentino.
Um filme de WERNER HERZOG
1978, Alemanha/França, cor, 103 min, DCP
Elenco: Klaus Kinski, Isabelle Adjani, Bruno Ganz, Roland Topor, Walter Ladengast
Produção, Roteiro e Direção: Werner Herzog
Título original: Nosferatu: Phantom der Nacht
Sinopse: Em Nosferatu - O Vampiro da noite o diretor Werner Herzog homenageia dois mestres: o escritor Bram Stoker, cujo livro Drácula é a espinha dorsal do roteiro de Nosferatu, e F. W. Murnau, autor e cineasta do movimento impressionista alemão e diretor de Nosferatu, de 1922. A narrativa acompanha o vampiro Conde Drácula, o agente imobiliário Jonathan Harker e sua noiva Mina.
“Nosferatu” coloca as obras de dois dos maiores e mais premiados diretores do cinema alemão, Murnau e Herzog. Vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim de 1979 por sua direção de arte, foi considerado pelo crítico de cinema Roger Ebert um dos grandes filmes da história do cinema.
Um filme de PIER PAOLO PASOLINI
1962, Itália, p&b, 106 min, DCP
Elenco: Anna Magnani, Ettore Garofolo, Franco Citti, Silvana Corsini
Direção e Roteiro: Pier Paolo Pasolini
Sinopse: Mamma Roma deseja abandonar a prostituição para começar uma vida nova, vendendo frutas na feira e criando seu filho adolescente, Ettore. Mas Ettore, cercado por más influências e furioso ao descobrir a ocupação de sua mãe, cai em um mundo de criminalidade e se torna vítima da violência policial, frustrando os sonhos de Mamma Roma. Uma visão dramática e, às vezes, irônica, da Itália, repleta de referências à arte e a religião do país.
Pier Paolo Pasolini é o diretor mais polêmico da história do cinema italiano, autor de filmes como “Teorema” e “Saló”. Poeta e intelectual, Pasolini tecia referências à história do cinema e da arte em suas obras.
Um filme de INGMAR BERGMAN
1957, Suécia, p&b, 91min, DCP.
Elenco: Victor Sjöström, Gunnar Björnstrand, Ingrid Thulin, Bibi Andersson
Direção e Roteiro: Ingmar Bergman
Título original: Smultronstället
Sinopse: Isak Borg,respeitado professor de Medicina, e é convidado por sua universidade de formação, na cidade sueca de Lund, para a cerimônia de comemoração pelos seus 50 anos de carreira. Isak viaja com a sua nora, Marianne, que passa por uma crise em seu casamento, e durante o percurso é obrigado a enfrentar o vazio de sua existência. Um delicado e poético filme sobre a mortalidade e o passado.
“O Sétimo Selo” e “Morangos Silvestres” contam com o trabalho de cinematografia de Gunnar Fischer, mestre da imagem em preto e branco e grande colaborador de Bergman e de Carl Theodore Dreyer. O filme traz a última performance do ator e diretor Victor Sjostrom, maior influência pessoal e ídolo de Ingmar Bergman. Vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim de 1959 e do Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro em 1960, indicado ao Oscar de melhor roteiro.
Um filme de WERNER HERZOG
1982, Alemanha/Peru, cor, 158 min., DCP
Elenco: Klaus Kinski, Claudia Cardinale, José Lewgoy, Miguel Ángel Fuentes, Paul Hittscher, Huerequeque Enrique Bohorquez, Grande Otelo
Roteiro e Direção: Werner Herzog
Sinopse: Brian Fitzgerald sonha alto e busca concretizar seus sonhos na pequena cidade de Iquitos, na Amazônia Peruana, em meio à corrida da borracha. O fã de óperas e de Enrico Caruso, Fitzcarraldo, como é chamado pelos peruanos, decide desbravar uma nova rota de extração de borracha nos rios amazônicos, mas para chegar a seu destino, precisa de um grande feito: transportar um enorme barco à vapor por terra, em uma região montanhosa da floresta.
Werner Herzog comandou o set de filmagens de “Fitzcarraldo” de maneira obsessiva e ambiciosa, e seus conflitos com o ator Klaus Kinski permanecem de maneira icônica na história da sétima arte. Por este filme, Herzog recebeu o prêmio de melhor diretor no Festival de Cannes de 1982, e também foi indicado ao prêmio de melhor filme estrangeiro no Globo de Ouro de 1983. O elenco de “Fitzcarraldo” conta com atores brasileiros como José Lewgoy, Grande Otelo e Milton Nascimento.
Um filme de FEDERICO FELLINI
1963, Itália, p&b,132min., DCP
Elenco: Marcello Mastroianni, Claudia Cardinale, Anouk Aimée, Sandra Milo, Rossella Falk, Barbara Steele
Roteiro: Federico Fellini, Ennio Flaiano, Tullio Pinelli, Brunello Rondi
Direção: Federico Fellini
Sinopse: Realidade e ficção se misturam em 8 1/2, filme mais metalinguístico de Federico Fellini. Marcello Mastroianni interpreta Guido Anselmi, diretor de cinema análogo a Federico, sofrendo de um caso terrível de bloqueio criativo. Guido tenta realizar um filme de ficção-científica em um balneário italiano enquanto lida com dificuldades artísticas, pessoais e amorosas, um casamento em crise e várias paixões. 8 1/2 olha para o cinema com uma mirada surrealista e pessoal.
“8 ½” é considerado o maior filme de Fellini, e está entre os dez melhores filmes da história do cinema de acordo com o British Film Institute. Vencedor dos Oscars de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Figurino (P&B) em 1964.
Um filme de INGMAR BERGMAN
1957, Suécia, p&b, 96min., DCP
Elenco: Max Von Sydow, Gunnar Björnstrand, Nils Poppe, Bibi Andersson, Bengt Ekerot, Åke Fridell, Inga Gill, Gunnel Lindblom
Direção e Roteiro: Ingmar Bergman
Título original: Det sjunde inseglet
Sinopse: O cavaleiro Antonius Block retorna das Cruzadas para uma Suécia devastada pela peste negra e pela Inquisição. Ao seu redor apenas sofrimento e destruição. Em suas andanças, Antonius encontra a morte, que o desafia para uma partida de xadrez.
A obra de Ingmar Bergman, um dos maiores gênios do cinema mundial e o grande nome do cinema escandinavo, traz entre suas principais marcas autorais os questionamentos profundos sobre a fé e a existência de Deus, dramas com fortes raízes nas teorias da psicanálise, e a utilização dos mesmos atores em diferentes obras. O “Sétimo Selo” é seu filme mais icônico e agrupa todas as características que o tornaram célebre. Vencedor do prêmio do Júri no Festival de Cannes de 1957.
Uma parceria entre as empresas FJ Cines e Zeta Filmes.
A distribuidora FJ Cines está há mais de 40 anos no mercado cinematográfico, sempre direcionou sua atuação para o cinema independente e principalmente nos clássicos europeus dos anos 1950-70. Também grande exibidora no passado, focou-se nos grandes diretores que o público brasileiro começava a ter acesso durante as poucas mostras e festivais existentes no final dos anos 1970 e início dos 1980 - como Federico Fellini, Visconti, Antonioni, Rossellini, Bertolucci e as grandes comédias de Totó. O cinema alemão dos anos 1970 com Herzog e Fassbinder e a Nouvelle vague francesa também foram lançados com enorme sucesso de público e crítica. E grande parte da filmografia do sueco Ingmar Bergman, até então desconhecido no Brasil, foi lançada em cinema primeiramente e depois em DVD e TV. Com a digitalização, a FJ Cines voltou a trazer os clássicos em copias restauradas e a realizar sessões especiais em diversos cinemas do Brasil.
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