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O filme mostra como Stephen Hawking (Eddie Redmayne) fez descobertas importantes sobre o tempo, além de retratar o seu romance com a aluna de Cambridge, Jane Wilde (Felicity Jones), e a descoberta de uma doença motora degenerativa quando tinha apenas 21 anos. Veja também: Top 10 - Curiosidades sobre o filme. |
Em
um ano excepcional, esta temporada vai deixar grandes biografias
para nosso arquivo cinéfilo. “A Teoria de Tudo” e “O Jogo da Imitação” são os filmes britânicos de maior destaque e retratam dois intelectuais do século
20, homens que enfrentaram sérios obstáculos físicos e psicológicos.
Baseado na obra de Jane Wilde (Traveling to Infinity: My
Life With Stephen), com quem Hawking foi casado por mais de 20 anos e de quem se
separou em 1991, o filme vai decepcionar aqueles que esperam ver o
trabalho de Stephen Hawking em primeiro plano.
Ele toca na superfície quando o assunto é ciência, os momentos mais importantes da carreira do físico estão presentes no filme, mas foram
contextualizados em torno das dificuldades
pessoais de sua vida privada,
amparado pelo ombro de uma mulher
corajosa.
O principal ingrediente de “A Teoria de Tudo” é o amor vivido pelo casal. Nos minutos iniciais, James Marsh apresenta o primeiro encontro de Stephen e Jane, em Cambridge. Como em qualquer relacionamento, eles possuem suas divergências, principalmente quando o assunto é espiritual. Stephen não acredita em Deus, enquanto Jane é religiosa. James Marsh escolheu um caminho extremamente conservador para retratar o casal, até suas discussões lembram um debate acadêmico.
O principal ingrediente de “A Teoria de Tudo” é o amor vivido pelo casal. Nos minutos iniciais, James Marsh apresenta o primeiro encontro de Stephen e Jane, em Cambridge. Como em qualquer relacionamento, eles possuem suas divergências, principalmente quando o assunto é espiritual. Stephen não acredita em Deus, enquanto Jane é religiosa. James Marsh escolheu um caminho extremamente conservador para retratar o casal, até suas discussões lembram um debate acadêmico.
Ele pintou retratos complicados de Stephen e Jane, seus pontos fortes e fracos como seres humanos estão expostos na tela. Para quem não conhece o trabalho de James Marsh, o diretor trilhou seu caminho no cinema através de
documentários ousados, como “O Equilibrista” e “Projeto Nim”.
Marsh fez um filme visualmente agradável e com grandes atuações, mas o resultado final é insatisfatório.
Eddie
Redmayne e Felicity Jones possuem uma química
contagiante. Eles preenchem a tela com elegância e
sofisticação.
Enquanto
Stephen apresentou um verdadeiro desafio físico para Redmayne, Jones não precisou
demonstrar o mesmo esforço. Sua personagem não recebeu a mesma atenção de Anthony McCarten, responsável
pela adaptação do roteiro.
A dedicação de Jane é incansável, um exemplo de feminilidade e força. É muito fácil estabelecer um vínculo com ela, que, apesar dos momentos cansativos e
desanimadores, nunca deixou de cuidar de Stephen e seus três filhos. Felicity Jones precisou envelhecer na tela e superar uma maquiagem questionável, mas a atriz demonstrou intensidade em um filme programado para favorecer o homem em questão.
Eventualmente, “A Teoria de Tudo” precisou lidar com uma
mudança irreparável no casamento de Stephen e Jane, mas o filme não aprofundou
a ideia do relacionamento extraconjugal. Jane procurou consolo com Jonathan Hellyer Jones
(Charlie Cox).
Mais tarde, Hawking teve o prazer de passar tempo com a bela terapeuta Elaine
(Maxine Peake), que conquistou Stephen com seu bom humor.
Eddie Redmayne é “A
Teoria de Tudo”. Sua atuação é impressionante e só
posso lamentar que a adaptação não está à altura de seu desempenho. Ele
foi completamente convincente ao retratar a deterioração física e gradual de Stephen Hawking. Com apenas 32 anos
de idade, Redmayne ("Os Miseráveis" e "Sete Dias Com Marilyn") recebeu o papel de
sua carreira. Ele viveu as dores do personagem tão bem, que você esquece temporariamente que existe um ator por trás da tela.
Com uma fotografia deslumbrante e duas atuações fantásticas, “A Teoria de Tudo” se desenrola como um
drama interessante, que examina
o amor e os
relacionamentos humanos, em suas várias
formas.
No final, o filme oferece uma reflexão sobre
a vida, o universo e tudo em sua
volta, com o drama humano acima das grandes ideias
científicas.
Sua opinião é muito importante!