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Abaixo, confira a resenha de "Belle", um filme de época dirigido por Amma Asante. |
Misan Sagay originou o projeto em 2004, após ver o retrato de Dido e sua prima Elizabeth. Ela desenvolveu o roteiro com a HBO, mas se afastou do projeto por problemas de saúde. Foi então que Amma Asante foi contratada para dar sequência ao projeto. Mas quando "Belle" foi concluído, o nome de Sangay não foi citado, resultando em uma batalha judicial entre a diretora e a roteirista.
Mesmo com todo o drama que tomou conta de "Belle", a história é muito bem estruturada e fala com naturalidade sobre as questões de igualdade e escravidão. Uma das grandes vantagens do filme é que ele não tenta passar uma lição de moral ao espectador, "Belle" simplesmente mostra que o amor não deve ser medido através da cor da pele.

Belle é uma verdadeira heroina de espírito independente, digna do respeito de Jane Austen e suas personagens cheias de ideias. Gugu Mbatha-Raw é a principal responsável pelo nível de emoção representado neste filme. A câmera é muito generosa com a atriz (as comparações com Lupita Nyong'o já surgiram), ela brilhou com sua postura serena e poderosa.
Não há dúvidas que Gugu terá um grande futuro no cinema, pois sua atuação em "Belle" é o destaque do filme. Ela mostrou uma variedade de emoções à medida que sua personagem, uma aristocrata confusa, transforma-se em uma mulher defensora dos direitos humanos.

Como
já disse antes, a estrutura de "Belle" é redonda. O filme traz romance, figurinos de época, grande elenco, mostra a luta por direitos de gênero e raça, e ainda deixa a sensação de esperança no ar. Mesmo ambientado no século XVIII, "Belle" continua extremamente relevante, talvez a luta de Dido nunca foi tão importante para a sociedade moderna.
Belíssimo filme, leva-nos à época da história e todas as tramas das famílias aristocráticas, abordando de forma límpida um tema sempre atual: a escravidão dos negros.Apaixonante!!!
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