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Veja também: Top 10 - Curiosidades sobre o filme "O Grande Hotel Budapeste". |
‘O Grande Hotel Budapeste’ (The Grand Budapest Hotel) é o
oitavo filme da carreira de Wes Anderson,
um cineasta que sempre divide opiniões. O roteiro foi escrito em parceria com
Hugo Guinness, colaborador de ‘Os Excêntricos Tenenbaums’ (The Royal Tenenbaums)
e ‘O Fantástico Mr. Fox’ (The Fantastic Mr. Fox). Sou fã de longa data de Wes
Anderson, então posso dizer que ele atingiu um novo patamar no cinema.
O filme é um banquete inteligente, refrescante e prazeroso,
com uma trilha sonora, criada por Alexandre Desplat, tão encantadora quanto as
imagens apresentadas. Desde sua estreia no Festival
Internacional de Cinema de Berlim, ‘O Grande Hotel Budapeste’ recebeu muitos elogios da crítica e é considerado um dos filmes mais acessíveis de Wes
Anderson - ele faz parte de uma safra escassa do cinema indie norte-americano.
‘O Grande Hotel
Budapeste’ é ambientado na Europa, em um país fictício chamado República da
Zubrowka. No ano de 1932, o país está à beira da guerra e o jovem Zero Moustafa
(Tony Revolori) está trabalhando como funcionário do hotel - uma luxuosa
propriedade dirigida pelo charmoso M. Gustave H (Ralph Fiennes), que passa seus
dias fazendo companhia íntima aos hóspedes mais ricos e de idade mais avançada.
Quando a notícia do
falecimento de uma hóspede querida, Madame D (Tilda Swinton), chega até Gustave, ele decide fazer uma breve viagem para prestar sua
homenagem. Gustave logo percebe que é o protagonista do conflito que envolve a
disputa dos bens de Madame D, um quadro precioso e falsas acusações sobre a
morte da matriarca, o que leva Gustave à prisão. Mas com a ajuda de Zero e Ágatha (Saoirse Ronan), ele
tentará fugir da cadeia para provar sua inocência.
O universo que envolve o filme exige um bom nível de atenção
do espectador. A principal referência de Wes Anderson neste projeto foi Stefan Zweig, um célebre escritor
vienense. ‘O Grande Hotel Budapeste’ possui algumas características em comum
com o trabalho de Zweig: a rapidez e um senso refinado das nuances que separa a
comédia da tragédia.
A exuberância das imagens e da história também deixa no ar
elementos do trabalho de Peter Greenaway. Não é possível afirmar se esta foi
uma das fontes de inspiração de Anderson, mas lembrei várias vezes do filme ‘O
Cozinheiro, o Ladrão, Sua Mulher & o Amante’ (The Cook the Thief His Wife
& Her Lover).
A assinatura de Wes Anderson é marcada por imagens
simétricas e detalhadas, que foram envolvidas por um clima nostálgico para
oferecer uma experiência única. É impossível não admirar o cuidado, a vaidade e
dedicação na construção do filme. ‘O Grande Hotel Budapeste’ realiza uma
homenagem ao cinema clássico, arrancando sorrisos e suspiros durante os seus
100 minutos de duração.
Entre todas as peculiaridades de ‘O Grande Hotel Budapeste’,
existe uma cena que leva a medalha de ouro. É impossível não comentar o momento
quando os presos arquitetam sua fuga da cadeia, utilizando equipamentos em
versão miniatura que foram colocados dentro de doces extravagantes, fabricados
por uma confeitaria luxuosa de Zubrowka.
Não há dúvidas que as principais características, que
diferenciam Wes Anderson dos demais, são sua sensibilidade e estética
predominante. Muitos desses traços estão presentes no filme: tomadas estáticas, retilíneas e
movimentos de câmera que deslizam ao lado dos personagens como uma águia
observadora. Outra característica de Anderson é a sua lealdade em relação ao
elenco. Bill Murray, Owen Wilson e Adrien Brody são figurinhas carimbadas em seus filmes.
Os demais (F. Murray Abraham, Jude Law, Saoirse
Ronan, Adrien Brody, Willem Dafoe, Jeff Goldblum, Mathieu Amalric,
Edward Norton, Tilda Swinton, Jason Schwartzman, Tom Wilkinson, Léa
Seydoux, Bill Murray e Harvey Keitel) fazem pequenas
participações, mas elas não passam despercebidas aos olhos do espectador. Isso
também prova o prestígio que Wes Anderson possui com os profissionais do
mercado, eles estão dispostos a trabalhar com o cineasta independente da
grandiosidade do seu papel.
‘O Grande Hotel Budapeste’ é o tipo de filme que merece ser
visto mais de uma vez, pois o produto final é tão rico que você certamente descobrirá novos detalhes. Ainda não é possível
saber se ele fará sucesso nas premiações de cinema, mas ‘O
Grande Hotel Budapeste’ é um dos melhores filmes do primeiro semestre de 2014.
Costumo gostar dos trabalhos do Wes Anderson, mas esse ainda não conferi, mas com certeza não vou deixar de ver!
ResponderExcluirTambém gosto Bruna, não deixe de assistir...acho que você irá gostar. Valeu pela visita!
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