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Do Irã à Nova Zelândia, conheça o meu Top 35º de diretoras de cinema. |
Em 2014, as mulheres foram responsáveis por apenas 7% dos filmes lançados comercialmente nos cinemas, enquanto 11% delas mostraram participação ativa na produção de roteiros no mesmo ano - os dados foram divulgados pela ACLU (American Civil Liberties Union).
Para honrar o poder feminino na sétima arte, que está crescendo e ganhando novos olhares, confira abaixo a lista com as melhores cineastas da atualidade - do Irã à Nova Zelândia, conheça o meu Top 35º de diretoras de cinema.
Veja também: Top 12 - As pioneiras que marcaram a história do cinema
Diretora do polêmico "Cinquenta Tons de Cinza" (50 Shades of Grey), ela é certamente uma das que mais lucrou no cinema nos últimos anos. Mas foi com o longa "O Garoto de Liverpool" (Nowhere Boy), lançado em 2009, que a cineasta mostrou seu talento.
#34 - Naomi Kawase (Japão)
Uma das diretoras mais promissoras da atualidade, seus principais filmes são "O Segredo das Águas" (2014) e "Hanezu" (2011). Ela também foi responsável por alguns documentários, como "Carta De Uma Cerejeira Amarela Em Flor" (2003) e "Genpin" (2010).
#33 – Maiwenn (França)
Ela começou sua carreira
no cinema aos 12 anos, e há boatos que foi a verdadeira inspiração para o
papel de Matilda - personagem de Natalie Portman em “O
Profissional” (Léon). Após se casar com Luc Besson, Maiween começou sua aventura atrás das
câmeras e já dirigiu três longas-metragens na França. O mais famoso é “Polissia” (Polisse), lançado em 2011.
#32 - Claudia Llosa (Peru)
A sobrinha do escritor Mario Vargas Llosa começou a carreira com "Madeinusa". Em 2009, ela recebeu o Urso de Ouro no Festival de Berlim com o seu filme "A Teta Assustada". A cineasta ainda dirigiu Jennifer Connelly, Cillian Murphy e Mélanie Laurent no longa "Marcas do Passado" (Aloft).
#31 – Andrea Arnold (Reino Unido)
Ganhadora do Oscar na categoria de Melhor Curta-Metragem, a cineasta é mais conhecida pelo excelente "Aquário" (Fish Tank), com
Katie Jarvis e
Michael Fassbender - o filme recebeu o BAFTA de Melhor Filme Britânico. Em 2006, ela também recebeu um BAFTA por "Marcas da Vida" (Red Road).
Mais conhecida por ser a esposa de Daniel Day-Lewis e filha do famoso roteirista Arthur Miller, ela já dirigiu quatro filmes. Miller começou sua carreira em 1995, com o longa “Angela”. Ela também já dirigiu seu marido no cinema, ao lado da atriz Camilla Belle, em “O Mundo de Jack e Rose” (The Ballad of Jack and Rose), lançado em 2005.
#29 – Lynn Shelton (EUA)
Com alguns sucessos indies em seu currículo, a cineasta é uma das mais promissoras do cinema norte-americano. Seu principal filme é a comédia dramática "Laggies", com Keira Knightley, Chloë Grace Moretz e
Sam Rockwell. Outro destaque é o longa "A Irmã da Sua Irmã", com Emily Blunt, e "Humpday" - lançado em 2009.

#28 - Gilliam Armstrong (Austrália)
Ela foi responsável por grandes sucessos do cinema, como "Adoráveis Mulheres" (Little Women), com Susan Sarandon, Winona Ryder e Kirsten Dunst, e "Charlotte Gray - Paixão Sem Fronteiras", com Cate Blanchett, e "Oscar e Lucinda", com Ralph Fiennes e Cate Blanchett.
#27 – Liv Ullmann (Noruega)
Seu primeiro filme foi "Persona", dirigido por Ingmar Bergman em 1966. Ela também foi casada com Bergman entre 1966 e 1971, com quem fez dez filmes. Sua carreira atrás das câmeras teve início em 1982, ao dirigir um dos segmentos do longa "Love". Atualmente, Liv Ullmann dirigiu Jessica Chastain e Colin Farrell no drama "Miss Julie".

#26 - Sarah Polley (Canadá)
Ela ganhou seu lugar na lista pela direção de “Longe Dela” (Away From Her), um dos melhores filmes do circuito canadense. Sua carreira ainda é recente, mas já pode ser considerada como uma das grandes promessas femininas do cinema. Ela também é a queridinha do TIFF (Toronto International Film Festival) e atrai a atenção de atrizes consagradas, como Julie Christie e Michelle Williams - protagonista de “Entre o Amor e a Paixão” (Take This Waltz).

#25 – Valerie Faris (EUA)
Conhecida no circuito independente de cinema, seu primeiro filme foi um sucesso absoluto entre a crítica e o público. “Pequena Miss Sunshine” (Little Miss Sunshine) foi indicado a quatro Oscars, vencendo Melhor Roteiro Original e Melhor Ator Coadjuvante (Alan Arkin). O trabalho mais recente da cineasta foi a comédia “Ruby Sparks: A namorada perfeita” (Ruby Sparks), lançada em 2012.
“Crepúsculo” (Twillight) ainda é seu filme mais popular, mas é impossível deixar de mencionar seus primeiros trabalhos no cinema. “Aos Treze” (Thirteen) marcou sua estreia como diretora, e foi um sucesso de crítica e público. Ela também se destacou ao dirigir “Os Reis de Dogtown” (Lords of Dogtown), filme estrelado por Heath Ledger.
#23 – Anna Muylaert (Brasil)
Sua carreira começou na direção de programas na televisão e de vários curtas, entre eles "Rock Paulista". Com o longa "Durval Discos" (2002), ela recebeu o prêmio de Melhor Filme e Melhor Diretor no Festival de Gramado. Entre seus trabalhos mais recentes estão "É Proibido Fumar", com Glória Pires e Paulo Miklos, e "Que Horas Ela Volta?", com Regina Casé.
#22 - Nicole Holofcener (EUA)
Seu sucesso no cinema independente veio com o prêmio Robert Altman no
Independent Spirit Awards, por seu trabalho em “Sentimento de Culpa”
(Please Give). Ela também foi
responsável pela direção de “Amigas com dinheiro” (Friends With Money),
filme que reuniu um grande elenco feminino, composto por Jennifer
Aniston, Catherine Keener e Frances McDormand.
#21 - Julie Delpy (França)
Famosa por seu trabalho como atriz em “Antes do Amanhecer” (Before
Sunrise), ela transmite originalidade e adora fazer
filmes com grandes diálogos filosóficos - tendência que
carregou para seu trabalho atrás das câmeras. Delpy já acumula cinco filmes em seu currículo como diretora,
incluindo “Dois dias em Paris” (2 Days In Paris), “Dois dias em Nova
York” (2 Days in New York) e “A Condessa” (The Countess).

#20 - Samira Makhmalbaf (Irã)
É uma das maiores revelações do circuito internacional. A jovem cineasta dirigiu e escreveu o longa “A Maçã”, e tornou-se uma das figuras mais queridas da mostra francesa de cinema. Com apenas cinco trabalhos na bagagem, o filme “O Quadro Negro” (Blackboards) também causou uma ótima impressão e ganhou o prêmio do júri no Festival de Cannes.
#19 - Julie Taymor (EUA)
Ela começou a carreira brilhando nos palcos, ao dirigir espetáculos de ópera e peças teatrais. Sua estreia com o cativante “Frida” atraiu os olhares mais exigentes - o filme recebeu um total de seis indicações ao Oscar. Em "Across the Universe", ela dirigiu seu primeiro musical e prestou homenagem aos Beatles. Seu último sucesso no cinema foi o épico “A Tempestade” (The Tempest), baseado na peça de William Shakespeare.

#18 - Lucrecia Martel (Argentina)
Formada em Comunicação, ela realizou alguns curtas, entre eles "Rey Muerto" (1995) - que recebeu vários prêmios em festivais internacionais. Em 1999, a cineasta fez sucesso em Sundance com "O Pântano" (La Ciénaga) e contou com o apoio dos irmãos Almodóvar em "A Menina Santa" (La Niña Santa). O trabalho mais elogiado pela crítica é "A Mulher Sem Cabeça" (La Mujer sin cabeza).

#17 – Debra Granik (EUA)
Sua estreia atrás das câmeras foi em “Down to the Bone”, longa estrelado por Vera Farmiga, e indicado ao Independent Spirit Awards. Mas seu nome começou a ganhar destaque através do sucesso internacional de “Inverno da Alma” (Winter’s Bone) - filme que rendeu a primeira indicação ao Oscar de Melhor Atriz para Jennifer Lawrence.
#16 – Ava DuVernay (EUA)
A cineasta começou com a direção de comerciais, mas foi o longa "Selma" que chamou a atenção do público. A cinebiografia de Martin Luther King foi indicada ao Oscar 2015 e venceu o prêmio de Melhor Canção Original. DuVarnay também entrou para a história, foi a primeira mulher negra a receber uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Direção.
#15 - Isabel Coixet (Espanha)
Ganhadora de três prêmios Goya, é a cineasta de maior
sucesso no circuito espanhol. Ela também marca presença nos
principais festivais de cinema da Colômbia e Argentina. Sua consagração
chegou em 2003, com “Minha Vida Sem Mim” (The Secret Life of Words). Ela também já dirigiu grandes nomes do
cinema, como Penélope Cruz e Ben Kingsley no drama “Fatal” (Elegy).
#14 - Anne Fontaine (França)
Mais conhecida na Europa, ela ganhou destaque internacional após dirigir a cinebiografia de Coco Chanel, estrelada por Audrey Tautou. Entre seus principais filmes estão: “A Garota de Mônaco” (La fille de Monaco), “Em suas mãos” (Entre ses mains) e “Lavagem à seco” (Nettoyage à sec).
#13 - Nancy Meyers (EUA)
É uma das diretoras de maior sucesso dentro do gênero de comédia-romântica. Seu primeiro trabalho foi o popular “Operação Cupido” (The Parent Trap). Mais tarde, ela também começou a trabalhar como roteirista, focando em personagens femininos maduros, como nos filmes “Alguém tem que ceder” (Something’s Gotta Give), “Do que as mulheres gostam” (What Women Want), “Simplesmente Complicado” (It’s Complicated) e “O Amor não tira férias” (The Holiday).
#12 - Lisa Cholodenko (EUA)
Ela começou na televisão, mas logo partiu para o cinema. Seu trabalho mais popular é a comédia disfuncional “Minhas Mães e Meus Pais” (The Kids Are All Right), indicado ao Oscar de Melhor Filme. Mas foi “Laurel Canyon - A Rua das Tentações” que a colocou no mapa, filme com Kate Beckinsale, Frances McDormand e Christian Bale. Por se tratar de uma cineasta de filmes independentes, Cholodenko consegue atrair grandes nomes de Hollywood em seus projetos.
#11 - Nadine Labaki (Líbano)
Sua estreia aconteceu com “Caramelo” (Caramel), onde também esteve presente como roteirista e atriz. Mesmo com poucos trabalhos em sua
filmografia, ela já demonstrou que conhece a crítica de Cannes: seus filmes tiveram momentos de
destaque durante o festival. “E agora, aonde vamos?” (Et maintenant on va où?), concorreu ao Globo de
Ouro de Melhor Filme Estrangeiro.
É um dos nomes mais requisitados do mercado, principalmente após o lançamento de “Educação” (An Education), com Carey Mulligan. Ela também dirigiu filmes baseados nas regras do movimento Dogma 95, como o ganhador do Urso de Prata do Festival de Berlim, “Italiano para principiantes” (Italian for Beginners). Ela também começou a dirigir grandes nomes de Hollywood, como Anne Hathaway em “Um Dia” (One Day) e Keira Knightley em “Procura-se um amigo para o fim do mundo” (Seeking a friend for the end of the world).
#09 - Jane Campion (Nova Zelândia)
Ela acumulou uma legião de fãs desde o lançamento de “O Piano” (The Piano) - ganhador do Oscar de
Melhor Roteiro Original. Sinônimo de histórias clássicas e
grandes personagens femininos, um de seus principais filmes é "Retrato
de Mulher" (Portrait of a Lady), com Nicole Kidman. Jane Campion também já cometeu deslizes ao dirigir “Em Carne Viva” (In the
Cut), filme estrelado por Meg Ryan. Seu último sucesso foi “O Brilho de
Uma Paixão” (Bright Star).
#08 - Claire Denis (França)
Nascida em Paris, ela dirigiu seu primeiro longa em 1988, "Chocolate" - indicado ao prêmio César. Desde então, Denis conseguiu destaque internacional com "Bom Trabalho", "Nenette e Boni", "35 Doses de Rum", "L'intrus" e "Bastardos", lançado na mostra Un Certain Regard, durante o Festival de Cannes.
#07 - Susanne Bier (Dinamarca)
É dona de uma filmografia de sucesso e ganhou destaque com o longa “Depois do
Casamento”, indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Ela já
dirigiu alguns dos maiores astros do cinema da Dinamarca e também fez migrou para Hollywood, com “Coisas que Perdemos pelo
Caminho” (Things We Lost In The Fire). Mas Bier já provou ser uma das cineastas mais promissoras após uma sequência de filmes bem recebidos pela crítica, como “Em Um Mundo Melhor” (In a Better World), vencedor do Oscar de Melhor
Filme Estrangeiro em 2011.
#06 - Agnès Varda (Bruxelas)
Seus trabalhos geralmente abordam questões referentes ao feminismo e fazem um comentário social. Sua carreira precede o início da Nouvelle Vague e seu filme "La Pointe Courte" apresenta diversos elementos específicos a este movimento. Entre seus principais projetos estão "As Duas Faces da Felicidade", "As Cento e Uma Noites", "Cléo das 5 às 7", e o documentário "As Praias de Agnès".
#05 - Agnieszka Holland (Polônia)
Uma das cineastas mais importantes da Europa, com uma filmografia repleta de grandes filmes dramáticos. Ela entrou para o radar em 1990, após
dirigir “Filhos da Guerra” (Europa Europa) – indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado. Ainda conseguiu chamar a atenção da Academia com “Colheita Amarga” (Angry Harvest), indicado ao Oscar de Melhor Filme
Estrangeiro em 1985. “Complô Contra a Liberdade” (To Kill A Priest),
“Voltando para casa” (The Healer) e “Os Segredos de Beethoven” (Copying
Beethoven) são seus filmes mais populares. A cineasta recebeu sua segunda indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro
com o drama polonês “Na Escuridão” (In Darkness).
#04 - Sofia Coppola (EUA)
Criada em uma família de artistas, suas influências cinematográficas
não poderiam ser melhores. Coppola é dona de duas qualidades
fatais: seu trabalho como roteirista é espetacular e também possui um
olhar peculiar para a direção. "As Virgens Suicidas" (The Virgin Suicides) marcou sua estreia como
diretora. Mas foi "Encontros e Desencontros" (Lost in
Translation) que rendeu elogios unânimes da crítica. O filme recebeu o Oscar de Melhor
Roteiro Original. Seus demais trabalhos incluem: “Maria
Antonieta” (Marie Antoinette), “Em Um Lugar Qualquer” (Somewhere) e “A
Gangue de Hollywood” (The Bling Ring).
#03 - Lynne Ramsay (Reino Unido)
Com apenas um grande título em sua filmografia, Ramsay ganhou o
terceiro lugar por dirigir um dos filmes mais surpreendentes dos últimos
anos: “Precisamos Falar Sobre Kevin” (We Need To Talk About Kevin) foi
um sucesso no Festival de Cannes e uma das maiores revelações da
temporada de 2011. A cineasta escocesa apresentou uma estética única e intrigante.
#02 - Kathryn Bigelow (EUA)
Após ser consagrada ao receber o Oscar de Melhor Direção por “Guerra
ao Terror” (The Hurt Locker), Bigelow é a prova viva que diretoras também
sabem criar cenas recheadas de ação e violência. A cineasta também dirigiu filmes dramáticos, como “O Peso da
Água” (The Weight of Water), estrelado por Sean Penn. Seu último projeto
foi “A Hora Mais Escura” (Zero Dark Thirty), indicado ao Oscar de Melhor Filme.
#01 - Mira Nair (Índia)
Ela é uma das cineastas mais renomadas da atualidade, dona da Mirabai
Films e de uma filmografia intocável. Seus filmes encantam plateias do mundo inteiro, desde sua estreia com “Salaam Bombay!” - indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
Mira Nair segue uma linha muito cultural,
mostrando que nunca esqueceu das raízes indianas. Ela também é conhecida por prestar homenagens constantes à figura
feminina, e por trabalhar delicadamente os valores familiares. Com uma
estética deslumbrante e rica em detalhes, Nair começou a
chamar atenção com polêmico “Kama Sutra – A Tale of Love”, lançado em
1996.
O trabalho mais aclamado pela crítica internacional foi o
drama indiano “Um Casamento à Indiana” (Monsoon Wedding), lançado em
2001. O filme foi indicado ao Globo de Ouro e BAFTA de Melhor Filme
Estrangeiro. Ele também ganhou o Leão de Ouro no Festival de Cinema de
Veneza. Mira Nair já dirigiu projetos americanos como “Amélia”, estrelado por Hilary Swank.
Participe você também: qual é a sua cineasta favorita?
Agniezka e Campion minhas preferidas , acho que apesar de Guerra ao terror ter ganho o Oscar de filme , O Piano em 1993 chegou bem mais perto da perfeição
ResponderExcluirO Piano é o queridinho de muitos, mas minha grande favorita ainda é Mira :)
ExcluirFaltou a Chantal Akerman :)
ResponderExcluirChantal Akerman faleceu :(
ExcluirNão existem 30 diretoras de cinema... a maioria é só empulhação mesmo. Acho que nem 30 diretores...
ResponderExcluirJura? Respeito sua opinião, mas não posso concordar
Excluirmia hansen love, catherine breillat e céline sciamma só entre as francesas. acho que a lena dunham merecia estar aí também.
ResponderExcluirSua opinião é muito importante!